ACADEMIA TAUAENSE DE LETRAS DE TAUÁ RECEBE NOVO ACADÊMICO
Academia Tauaense de Letras – Discurso de posse em 03/nov/2007
Senhor Presidente da Academia Tauaense de Letras, Prof. João Geneilson,
Ilustres componentes da Mesa,
Minhas queridas confreiras,
Meus queridos confrades,
Minhas amigas,
Meus amigos,
Senhoras e Senhores,
Neste 03.nov.2007, as venerandas portas da ACADEMIA TAUAENSE DE LETRAS, se abrem para acolher fraternalmente, este que vos fala, como o mais humilde dos servos acadêmicos. Neste simbólico recinto de estudo, meditação e de trabalho profícuo, reúnem-se os cultores do saber, para festejarem o nosso ingresso na ATL.
Podeis muito bem avaliar o quanto me está sendo grato e honroso, ser recebido nesta casa. Agradeço, igualmente, ao Senhor Presidente deste apogeu de Imortais, Prof. João Geneilson e demais acadêmicos, pela escolha do meu nome para ocupar a Cadeira 40, cujo Patrono, CÂNDIDO MEIRELES, por certo, há de vibrar em meu pensamento nesta noite festiva, e maravilhosa, que passa a fazer parte das minhas recordações mais gratas.
Mas aqui estou. Não para falar sobre mim mesmo, porém para tecer considerações iniciais sobre o meu patrono, isto é, da Cadeira 40, que hoje ocupo: Cândido Meireles.
Cândido Meireles – Natural de Tauá (1895 – 1968)
Odontólogo pela Faculdade de Odontologia e Farmácia do Ceará, tendo exercido por algum tempo, o cargo de Inspetor Regional do Ensino, as funções de Inspetor-Chefe do Serviço odontológico Escolar. Sócio Efetivo da Associação Cearense de Imprensa, colaborou há alguns anos em quase todos os jornais e revistas de Fortaleza, com trabalhos em prosa e verso. Quando ainda estudante, fez parte do Recreio Literário Soriano de Albuquerque – 1919, em cujo órgão oficial – A Conquista – escrevia constantemente, 1935.
Em Sonetos Cearenses, destaca-se de modo claro, a Poesia Paciência, que encarando esta grande virtude assim se expressou:
PACIÊNCIA (Cândido Meireles, Sonetos Cearenses, 1938)
Irmã dos pobres, terna e doce amiga
Dos tristes, dos vencidos, dos descrentes;
Dos que um destino avesso desabriga
E andam na vida assim como desmentes.
Que a tua afável luz sempre me siga,
E as minhas dores mudas adormentes,
Que eu sempre te abençoe e te bendiga,
Irmãzinha dos velhos e dos doentes.
Toda a razão do amor tu concretizas:
Quando o conforto espalhas entre os seres,
E as agonias fundas amortizas.
Tu, que de consolar nunca te cansas,
Bendita sejas sempre, só por seres
Semeadora eterna de esperanças.
A sabedoria do Patrono da Cadeira 40, quiz incentivar tão nobre virtude, nos ensinando a termos um controle emocional equilibrado, sem nunca perdermos a calma. Paciênica ao que se vê nesta arte que lemos, enconrta ressonância na tolerância a erros, ou fatos indesejados, tendo capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, em qualquer hora ou em qualquer lugar. Ter paciência, é persistir em uma atividade difícil, acreditando conseguir o almejado. Em última análise, é ser perseverante e capaz de esperar o momento certo para o retorno das atitudes do presente. Tendo paciência, teremos capacidade de ouvir alguém, com calma, atenção, sem pressa e sem ansiedade. Ser paciente é pois, ser tolerante.
Senhoras e senhores,
Analisando por este prisma, tomar posse na cadeira número 40 da Academia Tauaense de Letras, é uma alegria, uma honra e sobretudo uma enorme responsabilidade. Alegria, pelo reconhecimento. Honra, pela recompensa que parte de uma das mais exigentes entidades tauaenses, famosa pela severidade com que escolhe seus membros. E responsabilidade, pelo patrono Cândido Meireles, tauaense exemplar, até então no anonimato e somente agora evidenciado, após o seu centenário de nascimento, valendo aqui parabenizar a Acadêmica Anamelia, pelo devotado trabalho e por informações valiosas sobre a vida deste ilustre tauaense.
Finalmente, como a vida corre célere, em atmosfera de positividade, tenho que agradecer a todos que participaram ou participam de alguma forma da minha vida, somando comigo, me ensinando, e fazendo dela, essencialmente, uma vida boa de ser vivida.
Muito obrigado aos meus familiares, Isabel minha mulher, companheira e confidente de todos os momentos, meus filhos Emanuel e Sarah, Patrícia, Gabriela, minha mãe e meus irmãos, pelo amor, pela constância e pela paciência que sempre tiveram e têm comigo. Obrigado aos meus amigos e minhas amigas - gente que gostou ou gosta de mim e de quem eu gosto, ou melhor, que eu amo - e que ao longo do percurso dividiram e dividem, tanta coisa comigo.
A todos vocês que vieram aqui me prestigiar nesta noite, o meu carinho, a minha amizade, o meu mais profundo agradecimento e a certeza de que tanta generosidade não será esquecida dentro deste coração que pulsa saudade, saudade, saudade.
E por falar em saudade, não posso esquecer um importante Acadêmico, que por aqui passou tão rápido, pois Deus o chamou certamente para outras missões. Trata-se de Alberto Lima Sobrinho, com quem mantinha sólida amizade. Alberto partiu deixando lacuna impreenchível, quer nas letras, quer no jornalismo, atividade que despontava promissora e onde tínhamos projetos comuns, ainda hoje sem um substituto. Alberto partiu cedo, mas deixou uma obra valorosa, que solidificou sua imortalidade.
Estou feliz de estar entre vós.
Portanto, meus amigos, eis-me aqui nesta Casa. Eis-me aqui, como um colaborador, acostumado à luta e ao desafio, na maioria das vezes escolhendo os caminhos tortuosos, para aprender a ter paciência. Talvez por isto, o patrono se encaixou tão bem na minha maneira de ser.
Assim, nada melhor do que ombrear-me a esta plêiade de ilustres confreiras e confrades, que engalanam os quadros da Academia Tauaense de Letras, a quem, de modo muito justo, rendo as minhas homenagens e os meus agradecimentos.
Minhas senhoras e meus senhores,
A providência divina ou o destino, muitas vezes colocam-nos em situação jamais imaginadas e hoje me encontro numa destas oportunidades, preferindo entender como uma inédita honraria, muito superior aos modestos méritos de profissional. Daí reconheço a tamanha ousadia de sentar na cadeira cujo patrono é o insigne Cândido Meireles. Todavia, aqui estou, sobretudo graças a Deus, movido e atraído pela admiração às qualidades desse herói, prometendo não desapontá-lo, sobretudo honrando o compromisso, no sentido de: “exercer com dignidade e independência; observando a ética, os deveres e prerrogativas; bem como colaborando no aperfeiçoamento da cultura e desta instituição.
Por conseguinte, a minha entrada nesta Academia foi sobretudo fruto da gentileza dos nobres acadêmicos apoiadores, a quem agradeço do fundo do coração, aos que assinaram nossa indicação: Prof. João Geneilson, Anamelia Mota e Maria da Trindade, observando que desde cedo compreendi a ATL, como fomentadora de uma atmosfera positiva, valendo afirmar, que a lei da atração se instalou de uma vez por todas, entre nós. Nada neste mundo ocorre por acaso. Sinto que este grupo de pessoas, sumo da intelectualidade do Tauá, estão a cada dia, oferecendo seus conhecimentos em prol de um Tauá mais esclarecido, em prol de um Tauá que compreenda, que a nossa passagem aqui neste mundo, é efêmera e nos exige decisões firmes em prol do próximo e da humanidade.
Obrigado mais uma vez. Despeço-me desejando a todos, muita paz e muita saúde. Sejamos sempre, seres de muita paz.
Academia Tauaense de Letras – Discurso de posse em 03/nov/2007
Senhor Presidente da Academia Tauaense de Letras, Prof. João Geneilson,
Ilustres componentes da Mesa,
Minhas queridas confreiras,
Meus queridos confrades,
Minhas amigas,
Meus amigos,
Senhoras e Senhores,
Neste 03.nov.2007, as venerandas portas da ACADEMIA TAUAENSE DE LETRAS, se abrem para acolher fraternalmente, este que vos fala, como o mais humilde dos servos acadêmicos. Neste simbólico recinto de estudo, meditação e de trabalho profícuo, reúnem-se os cultores do saber, para festejarem o nosso ingresso na ATL.
Podeis muito bem avaliar o quanto me está sendo grato e honroso, ser recebido nesta casa. Agradeço, igualmente, ao Senhor Presidente deste apogeu de Imortais, Prof. João Geneilson e demais acadêmicos, pela escolha do meu nome para ocupar a Cadeira 40, cujo Patrono, CÂNDIDO MEIRELES, por certo, há de vibrar em meu pensamento nesta noite festiva, e maravilhosa, que passa a fazer parte das minhas recordações mais gratas.
Mas aqui estou. Não para falar sobre mim mesmo, porém para tecer considerações iniciais sobre o meu patrono, isto é, da Cadeira 40, que hoje ocupo: Cândido Meireles.
Cândido Meireles – Natural de Tauá (1895 – 1968)
Odontólogo pela Faculdade de Odontologia e Farmácia do Ceará, tendo exercido por algum tempo, o cargo de Inspetor Regional do Ensino, as funções de Inspetor-Chefe do Serviço odontológico Escolar. Sócio Efetivo da Associação Cearense de Imprensa, colaborou há alguns anos em quase todos os jornais e revistas de Fortaleza, com trabalhos em prosa e verso. Quando ainda estudante, fez parte do Recreio Literário Soriano de Albuquerque – 1919, em cujo órgão oficial – A Conquista – escrevia constantemente, 1935.
Em Sonetos Cearenses, destaca-se de modo claro, a Poesia Paciência, que encarando esta grande virtude assim se expressou:
PACIÊNCIA (Cândido Meireles, Sonetos Cearenses, 1938)
Irmã dos pobres, terna e doce amiga
Dos tristes, dos vencidos, dos descrentes;
Dos que um destino avesso desabriga
E andam na vida assim como desmentes.
Que a tua afável luz sempre me siga,
E as minhas dores mudas adormentes,
Que eu sempre te abençoe e te bendiga,
Irmãzinha dos velhos e dos doentes.
Toda a razão do amor tu concretizas:
Quando o conforto espalhas entre os seres,
E as agonias fundas amortizas.
Tu, que de consolar nunca te cansas,
Bendita sejas sempre, só por seres
Semeadora eterna de esperanças.
A sabedoria do Patrono da Cadeira 40, quiz incentivar tão nobre virtude, nos ensinando a termos um controle emocional equilibrado, sem nunca perdermos a calma. Paciênica ao que se vê nesta arte que lemos, enconrta ressonância na tolerância a erros, ou fatos indesejados, tendo capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, em qualquer hora ou em qualquer lugar. Ter paciência, é persistir em uma atividade difícil, acreditando conseguir o almejado. Em última análise, é ser perseverante e capaz de esperar o momento certo para o retorno das atitudes do presente. Tendo paciência, teremos capacidade de ouvir alguém, com calma, atenção, sem pressa e sem ansiedade. Ser paciente é pois, ser tolerante.
Senhoras e senhores,
Analisando por este prisma, tomar posse na cadeira número 40 da Academia Tauaense de Letras, é uma alegria, uma honra e sobretudo uma enorme responsabilidade. Alegria, pelo reconhecimento. Honra, pela recompensa que parte de uma das mais exigentes entidades tauaenses, famosa pela severidade com que escolhe seus membros. E responsabilidade, pelo patrono Cândido Meireles, tauaense exemplar, até então no anonimato e somente agora evidenciado, após o seu centenário de nascimento, valendo aqui parabenizar a Acadêmica Anamelia, pelo devotado trabalho e por informações valiosas sobre a vida deste ilustre tauaense.
Finalmente, como a vida corre célere, em atmosfera de positividade, tenho que agradecer a todos que participaram ou participam de alguma forma da minha vida, somando comigo, me ensinando, e fazendo dela, essencialmente, uma vida boa de ser vivida.
Muito obrigado aos meus familiares, Isabel minha mulher, companheira e confidente de todos os momentos, meus filhos Emanuel e Sarah, Patrícia, Gabriela, minha mãe e meus irmãos, pelo amor, pela constância e pela paciência que sempre tiveram e têm comigo. Obrigado aos meus amigos e minhas amigas - gente que gostou ou gosta de mim e de quem eu gosto, ou melhor, que eu amo - e que ao longo do percurso dividiram e dividem, tanta coisa comigo.
A todos vocês que vieram aqui me prestigiar nesta noite, o meu carinho, a minha amizade, o meu mais profundo agradecimento e a certeza de que tanta generosidade não será esquecida dentro deste coração que pulsa saudade, saudade, saudade.
E por falar em saudade, não posso esquecer um importante Acadêmico, que por aqui passou tão rápido, pois Deus o chamou certamente para outras missões. Trata-se de Alberto Lima Sobrinho, com quem mantinha sólida amizade. Alberto partiu deixando lacuna impreenchível, quer nas letras, quer no jornalismo, atividade que despontava promissora e onde tínhamos projetos comuns, ainda hoje sem um substituto. Alberto partiu cedo, mas deixou uma obra valorosa, que solidificou sua imortalidade.
Estou feliz de estar entre vós.
Portanto, meus amigos, eis-me aqui nesta Casa. Eis-me aqui, como um colaborador, acostumado à luta e ao desafio, na maioria das vezes escolhendo os caminhos tortuosos, para aprender a ter paciência. Talvez por isto, o patrono se encaixou tão bem na minha maneira de ser.
Assim, nada melhor do que ombrear-me a esta plêiade de ilustres confreiras e confrades, que engalanam os quadros da Academia Tauaense de Letras, a quem, de modo muito justo, rendo as minhas homenagens e os meus agradecimentos.
Minhas senhoras e meus senhores,
A providência divina ou o destino, muitas vezes colocam-nos em situação jamais imaginadas e hoje me encontro numa destas oportunidades, preferindo entender como uma inédita honraria, muito superior aos modestos méritos de profissional. Daí reconheço a tamanha ousadia de sentar na cadeira cujo patrono é o insigne Cândido Meireles. Todavia, aqui estou, sobretudo graças a Deus, movido e atraído pela admiração às qualidades desse herói, prometendo não desapontá-lo, sobretudo honrando o compromisso, no sentido de: “exercer com dignidade e independência; observando a ética, os deveres e prerrogativas; bem como colaborando no aperfeiçoamento da cultura e desta instituição.
Por conseguinte, a minha entrada nesta Academia foi sobretudo fruto da gentileza dos nobres acadêmicos apoiadores, a quem agradeço do fundo do coração, aos que assinaram nossa indicação: Prof. João Geneilson, Anamelia Mota e Maria da Trindade, observando que desde cedo compreendi a ATL, como fomentadora de uma atmosfera positiva, valendo afirmar, que a lei da atração se instalou de uma vez por todas, entre nós. Nada neste mundo ocorre por acaso. Sinto que este grupo de pessoas, sumo da intelectualidade do Tauá, estão a cada dia, oferecendo seus conhecimentos em prol de um Tauá mais esclarecido, em prol de um Tauá que compreenda, que a nossa passagem aqui neste mundo, é efêmera e nos exige decisões firmes em prol do próximo e da humanidade.
Obrigado mais uma vez. Despeço-me desejando a todos, muita paz e muita saúde. Sejamos sempre, seres de muita paz.
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