TRIUNFAL
Pudesse eu copiar no mármore divino
Do verso, essa beleza helênica que eu vejo
Como a provocação mais viva do desejo
Sob a forma ideal de um corpo feminino!
E assim perpetuar o encanto peregrino
Que de ti se irradia e me oferece ensejo
De morrer a teus pés, suplicando o teu beijo,
A cantar-te o esplendor num derradeiro hino!
E, expirando, lega às gerações futuras,
No verso eternizada, – a plástica radiosa
Que te furta ao vulgar das outras criaturas!
Mas, a te descrever não se me anima a idéia,
Que uma beleza assim, tão grande e majestosa,
Não cabe em madrigais: faz jus a uma epopéia!
(Eufrásio de Almeida, revista "A Constelação", Nov. 1912)
sexta-feira, 27 de junho de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário