OUTRORA E HOJE
Que saudade do tempo cor de rosa
Em que eu tinha meus filhos pequeninos,
Jogando em minhas mãos com seus destinos,
E sendo assim, talvez mais cuidadosa!
Feliz, Humilde, alegre e pressurosa,
Os vi crescidos, eram já meninos:
Mais fácil o viver, cantávamos hinos,
Em marcha triunfal e gloriosa.
Mancebos lindos, vão-se hoje de casa,
Fel amargo em minh’alma se extravasa,
Sei que os espera a luta do imprevisto.
Os meus prantos de mãe choro em segredo,
De cousas todas me avassala o medo,
Qual um rei destronado a tudo assisto.
Prisciliana de Almeida. In: Rita de Lara. Mulheres do Brasil, 1971/ 361.
domingo, 24 de fevereiro de 2008
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