INHAMUNS: TERRA E HOMENS: ANTÔNIO GOMES DE FREITAS
O vosso livro – Inhamuns: Terra e Homens, a ser lançado brevemente, registra-se com um luxo de detalhes e minúcias até então ignorados, focalizados à luz de uma farta documentação que repõe os acontecimentos na sua verdadeira dimensão, na sua autêntica historicidade. E daí a vossa afirmação como cultor da história, como cronista que rebusca no passado as ações e o comportamento que exaltam e enobrecem a vida dos nossos antepassados, e definem a importância do papel que, no arborescer da nacionalidade,desempenham na nossa formação social e política. Todas aquelas impressões, todas aquelas figuras tão sentidas nos fatos remotos que azeis ressurgir da noite dos tempos, emprestam aos vossos escritos e ao vosso livro um sentimento preciso das cousas, uma lúcida visão retrospectiva daquele paramos distantes que repassam emocionalmente na vossa imaginação realista, e sem os quais é impossível reviver evocativamente o vigor primitivo daquelas cousas que parecem escoadas na voragem dos tempos, daquelas cousas adormecidas na quietude das idades, através das quais chegais a descobrir valores novos e nova correspondência entre paisagem e as figuras humanas que a empolgaram.
E se elas retornassem à vida real, como surgiram das vossas evocações sentidas, para contemplar esses cenários que encheram de lutas e sacrifícios, de angústias e heroísmos, com os quais assentaram os fundamentos de nossa existência e da grandeza do progresso de que hoje nos envaidecemos, certo diriam como no verso de Quental: “Nem foi demais o sacrifício e a dor...”.
Sr. Gomes de Freitas:
Toda a vossa obra no campo da historiografia já analisada pelo sucesso que vos abriu as portas ilustres do Instituto do Ceará, somada às vossas atividades na vida social e política, onde ocupastes funções de relevo, desempenhadas com dignidade e fervorosa dedicação à nossa terra, como parlamentar, líder político, vereador e prefeito da capital alencarina, constituem o justo garbo com que vos projetais no cenário cearense, e agora, no seio desta casa que vos recebe com o calor de sua cordialidade e os afetos da sua simpatia, para as comunicações fraternas do nosso convívio.
Com as modestas palmas da minha palavra, eu vos saúdo em nome do Instituto do Ceará que, vos empossando, o faz augurando-vos boa e fecunda tarefa nessa cadeira que vindes enobrecer.
Sede bem-vindo!
HUGO CATUNDARevista do Instituto do Ceará.
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