A ATL tem por objetivo congregar escritores e intelectuais de todas as vertentes, propugnar por todos os meios ao seu alcance pela difusão, resgate, promoção e conservação evolutiva da cultura, incentivando sempre a criação literária.
No dia 5 de março de 2005 às 19 horas no Auditório da Escola Liceu de Tauá “Lili Feitosa”, foi fundada a Academia Tauaense de Letras, naquele momento imortalizado 14 Cadeiras com os seus Patronos e respectivos Membros Fundadores.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

MEMORIAL ANAMÉLIA CUSTÓDIO


Anamélia Custódio Mota
Membro Cadeira nº. 11


· ANAMÉLIA CUSTÓDIO MOTA - Nasci na vila de Marruás, Município de Tauá, Ceará filha de Adauto Cavalcante Mota e Ana Custódio Mota, aos doze de junho de 1955.
· Ainda em Marruás fiz meus primeiros estudos com a professora Creuzinha Cavalcante (a carta do ABC e a Cartilha).
· De 1962 a 1970 – o estudo primário no Ginásio Cristo Redentor. O Exame de Admissão ao Ginásio no Colégio Nossa Senhora das Dores. Da 1ª a 3ª série ginasial no Colégio Estadual de Senador Pompeu.
· A 8ª série e o Curso Normal no Colégio Antonio Araripe, em Tauá (1971 a 1974).
· Em fevereiro de 1975 fui aprovada em Concurso Público para as Telecomunicações do Ceará S/A –TELECEARÁ onde trabalhei até fevereiro de 2000.
· Em 1976 consorciei-me com Edmilson Barbosa Francelino (hoje separados judicialmente). Desse consórcio nasceram quatro filhos: Edmilson Filho (1977), Edwilson (1980), Pérola (1985) e Paloma (1988).
· 1996 – Êxito no vestibular para pedagogia na Universidade Estadual do Ceará – UECE/CECITEC.
· 2000 – Conclui o curso de Pedagogia, com Monografia em EDUCAÇÃO DE ADULTOS. Demitida sem justa causa – pelas privatizações, ingressei na Educação Estadual em Regime de Contrato Temporário: salas do TELECURSO 2000 até junho de 2002.
· 2001 – Início no curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia na Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
· 2002 – Concluí o curso com Monografia de pesquisa no: Telecurso 2000/Tempo de Avançar. Docência na UVA, no Proformação e no Ensino Médio convencional.
· 2003 – Docência no Telecurso 2000 e na UVA, publicação do livro Educação: leis planos saberes e práticas, pela editora ABC de Fortaleza. Membro Convidada para Banca Examinadora de Monografia, realizada pela formanda Vanusa Moreira Nunes, cujo tema é: Projeto – Político Pedagógico e Currículo: uma articulação necessária, na UECE-CECITEC.
· 2004 – Artigos publicados na Revista Mundo Jovem da PUCRS:
Postura da Escola na Orientação Sexual – nº 343, fev, p.17.
Etnomatemática: a matemática na cultura dos povos – nº 346, maio, p.05.
Depressão e frustração no jovem – nº 351, out, p.08.
· No mesmo ano, Orientadora de Monografia, a formanda Cecília Maria dos Santos Ferreira, cujo tema: A Fome no polígono da Seca no Nordeste Brasileiros no curso de ciências na UECE/CECITEC.
· No Mesmo Fórum, convidada para Banca Examinadora no Curso de Pedagogia da formanda Maria Alice Araújo Mota, tendo como tema A construção da leitura, da escrita e da matemática e suas dificuldades encontradas na criança.
· Aprovada em concurso para professora substituta na área de Estudos em Pedagogia, da Universidade Estadual do Ceará – UECE/CECITEC. Tauá – Ceará (sem admissão até hoje).
· 2005 – Especializando em História e Sociologia pela Universidade Regional do Cariri – URCA. Co-fundadora da Academia Tauaense de Letras, tendo como Patrona Francisca Clotilde. Publicação do livro Ler escrever e calcular: reflexões psicopedagógicas.

Justificativa – Era noite de 13 de novembro de 2004, quando ouvi falar pela primeira vez em Francisca Clotilde. Foi justamente no auditório do Liceu de Tauá – CE, por ocasião do lançamento do livro JOAQUIM PIMENTA, Coleção Terra Bárbara, projeto da Fundação Demócrito Rocha, tendo como autor da obra o advogado Edmilson Barbosa Francelino Filho.
O Procurador do Estado e poeta Dimas Macedo em seu discurso fez menção ao autor, ao homenageado Joaquim Pimenta e à romancista tauaense Francisca Clotilde.
Foi também naquela mesma ocasião que João Geneilson lançou a idéia de se criar em Tauá a Academia de Letras.
Após reuniões e debates com o objetivo de fundar a Academia tive a felicidade de poder escolher o nome de Francisca Clotilde para ser Patrona da cadeira na qual viria a ter assento.
O curto espaço de tempo entre essa decisão e o dia da oficialização de abertura da Academia, foi curto para organizar uma pesquisa em torno da homenageada. Visitei as bibliotecas das escolas, e do museu, não encontrando nenhuma obra de Francisca Clotilde.
Estava eu nesse período escrevendo Ler escrever e calcular: reflexões psicopedagógicas, uma obra didática recém publicada.
Foi a partir de abril de 2005 que cai em campo. No primeiro momento, através da Internet. Numa dessas pesquisas descobri um Grupo de Trabalho na literatura feminina. Passei E-mail a todas elas. No mesmo dia (29/04/2005) recebi resposta da pesquisadora Zahide Lupinacci Muzart, contendo a relação de obras da Francisca Clotilde e referenciais bibliográficos.
De posse da referência bibliográfica e da relação das Obras de Francisca Clotilde viajei para Fortaleza com o objetivo de dar continuidade à pesquisa.
Infelizmente não consegui encontrar obras de Francisca Clotilde nas livrarias nem nos sebos. Foi de grande valia (no Sebo) o livro Lembrados e Esquecidos, de Otacílio Colares v. III, IUFC, 1977.
Na biblioteca da Universidade Federal do Ceará (13/05/2005), encontrei Dollor Barreira – História da Literatura Cearense - v. 2 Editora Juvenal Galeno - Mulheres do Brasil.
Na segunda-feira seguinte, voltei àquela biblioteca para encontrar o v. 1 de Dollor Barreira. Desta feita levando Educação leis planos saberes e práticas de nossa autoria, para doação. Qual foi a minha satisfação quando a bibliotecária (Vanessa) disse já ter lido nosso livro. Comentei com a bibliotecária sobre a pesquisa, e ela indicou para leitura “Entre mulheres, história e literatura, de Régia Agostinho da Silva, Fortaleza: UFC, Novembro de 2002.

2 comentários:

Pérola Custof disse...

Alguns anos depois, o livro de Francisca Clotilde, escrito por Anamélia foi norte para minha monografia(conclusão do curso de Jornalismo).
Graças ao seu trabalho responsável e próspero, por meio do resgate da história e vida de Clotilde, uma das pioneiras do jornalismo literário (feito por uma mulher)pude resgatar a história da imprensa feminina, num espaço que até então era atividade feita por homens. Ganhou o Ceará, ganhou o espaço acadêmico e ganhou a literatura.
Parabéns pelo seu talento e sensibilidade.

Gildênia Moura disse...

O livro de Anamélia sobre Francisca Clotilde é uma referência para pesquisadores que desejam trabalhar sobre a literatura, a imprensa e a educação feminina no Ceará.
Sua pesquisa foi muito bem realizada e foi um norte que eu pudesse desenvolver meus estudos sobre as escritoras e professoras no Ceará do século XIX.
Parabéns, Anamélia!
Abraços!
Gildênia Moura