A ATL tem por objetivo congregar escritores e intelectuais de todas as vertentes, propugnar por todos os meios ao seu alcance pela difusão, resgate, promoção e conservação evolutiva da cultura, incentivando sempre a criação literária.
No dia 5 de março de 2005 às 19 horas no Auditório da Escola Liceu de Tauá “Lili Feitosa”, foi fundada a Academia Tauaense de Letras, naquele momento imortalizado 14 Cadeiras com os seus Patronos e respectivos Membros Fundadores.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

DISCURSO JOÃO GENEILSON


DISCURSO DE INSTALAÇÃO DA ACADEMIA TAUAENSE DE LETRAS

Hoje é um dia marcante em nossas vidas e na vida cultural de nossa cidade. Estamos assistindo nesse momento o alvorecer de um gesto de amor, de altruísmo e de prosperidade social para toda a região dos inhamuns, e quiçá, por que não dizer, com repercussão na vida da cultura do Estado do Ceará.
É que há muito tempo, meus amigos e amigas, figura no inconsciente coletivo de nosso povo alencarino, um fato inquestionável. Que seja, o consenso, longe de qualquer arroubo de arrogância ou pretensão, de que a cidade de Tauá tem se tornado célebre por possuir filhos ilustres, de considerável estatura intelectual, com destaque em diversas áreas da sociedade, que possuem o refinado gosto pelas letras.
Entenda-se, então, por letras, meus amigos, o ente lato que abrange as várias searas do conhecimento, sobretudo a abnegação irrefutável que falo especificamente - a de escrever e de impulsionar o saber, através de obras escritas.
Assim, uma vez que já eram dadas as condições para a instalação de uma Corte de Cultura em nosso rincão natal, volveu-nos a idéia de criar uma congregação não hermética de pessoas, que se notabilizam pelo exercício diário do saber e do que é belo, estético. Existiam as pessoas, existia um ambiente propício para o concurso de vontades, então pensamos: por quê não concordar esses dois vetores, e materializar a criação de uma Academia de Intelectuais, com as digitais de solo ressequido e de outros que aqui se radicaram (por amor, também, à nossa terra), para a difusão e celebração daquilo que o ser humano chama de Cultura.
É o gosto pelo Belo, pelo justo e pelo científico que nos une. Falo de meus colegas, com os quais concebemos, debatemos, e estamos materializando uma entidade para lutar pela perenização da Cultura em nossa região. E aquele do povo que é mais incauto se há de perguntar, para quê tal sociedade de amigos para a elevação do belo? O belo, já dizia célebre escritor francês Victor Hugo, é tão essencial quanto o útil; e Saint-Exupéry, nos ensina que: o essencial é invisível aos olhos.
Desta forma, meus concidadãos, a Academia Tauaense de Letras, nesta ocasião como se lhes afigura, saindo da sua fase de gestação, nasce, para cumprir uma função indiscutivelmente social, humana, filantrópica, e sobretudo, para gravar com pleonasmo o que ora deseja realçar, eminentemente cultural, e humana, acima de tudo. Representar, sem qualquer pedantismo, o espírito rico de nossa antropologia da cultura, se á que me permite falar assim.
Esta obra, que agora, somente, estamos a construir com a ajuda de nossos companheiros, e que haveremos de contar com a colaboração de toda a sociedade, nada mais é que um momento de justiça à inteligência dos Inhamuns. Como, então, faríamos a justiça histórica a tauaenses do porte de Joaquim Pimenta? por exemplo, que figura entre os maiores nomes da intelectualidade brasileira no curso do século XX, que muitas vezes penhorou a vida em prol da grandeza de uma causa justa; ou como poderíamos olvidar o gênio de um Joaquim de Castro Feitosa, que praticamente conscientizou a sociedade e o Estado do Ceará a preservar aquilo que lhe é inalienável e sem o qual a vida não subsiste: - o meio ambiente; como poderíamos, meus amigos, deixar passar ao largo o legado histórico e cultural de uma tal Francisca Clotilde, marco primeiro do feminismo em nosso Ceará; ou mesmo deixar de reconhecer as letras de um Doutor Domingos Gomes de Aguiar, entre tantos outros.
Esta sociedade de amigos, meus tauaenses, não será nem hermética, nem pedante, nem abusivamente formal, nem indiferente, isto é compromisso de todos que ora se imortalizam nesta solenidade. Em verdade ela será aberta, sem cores ideológicas, sem sabores partidários - eclética, sempre! Como sempre há de ser o que é justo e belo. Será um veículo na trilha da exaltação dos valores, nesta nossa sociedade que passa por uma crise de eticidade, ou mesmo por não dizer, uma crise moral. O homem, meus amigos e amigas, carece ressaltar: é uma animal social, cultural e que valora. Ele está sempre valorando, e nossa missão é também com os valores, algo que só engrandece o meio em que vivemos.
Particularmente, minhas senhoras e meus senhores, honra-me ter sido por meus colegas distinguido para presidir a primeira diretoria, motivo pelo qual me encontro transbordando júbilo, meus sinceros agradecimento a sociedade Tauaense e aos meus nobres colegas imortais que acreditarão em nossa idéia.
Esta é a Academia Tauaense de Letras
Um viva as pessoas que lutam por uma causa.
Um viva aos Inhamuns.
Um viva à Cultura.
Muito Obrigado.

Oração Proferida pelo o Presidente João Geneilson Gomes Araújo
05 de março de 2005

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei o site da Academia Tauaense de Letras...muito bom mesmo .grande abraço
Luiz de lavor

Anônimo disse...

O Pe. Neri Feitosa é um ícone impressindível desta academia. Por onde andará?
Saudade de Tauá
Maria José - Petrolina PE