A ATL tem por objetivo congregar escritores e intelectuais de todas as vertentes, propugnar por todos os meios ao seu alcance pela difusão, resgate, promoção e conservação evolutiva da cultura, incentivando sempre a criação literária.
No dia 5 de março de 2005 às 19 horas no Auditório da Escola Liceu de Tauá “Lili Feitosa”, foi fundada a Academia Tauaense de Letras, naquele momento imortalizado 14 Cadeiras com os seus Patronos e respectivos Membros Fundadores.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

DISCURSO MARIA IVANETE

Maria Ivanete de Sousa
Membro - Cadeira nº. 34

Discurso para solenidade de posse dos novos acadêmicos e entrega de títulos.

Muito nos honra ocuparmos a partir de hoje uma cadeira na Academia Tauaense de Letras, através da qual esta augusta casa homenageia como patrono Dr. Bernardo de Castro Feitosa.

Gostaria de expressar meu sentimento de gratidão a todos os pensadores, pesquisadores, escritores, cujas obras imorredouras, não apenas pela relevância técnica, mas sobretudo pelo impacto ético nas mais diversas áreas das ciências da natureza, das ciências sociais e da educação, das artes, da literatura... e muitas outras, contribuíram para a construção de um mundo mais humano.

Aqui abrimos um parênteses para rendermos nossa modesta homenagem ao ganhador do prêmio nobel da paz, outorgado pela academia de ciências da Suécia, ao eminentíssimo economista, pesquisador social Muhammad Yunnus, principalmente porque através das políticas de microcrédito, recoloca a mulher como agente principal de transformação do meio social.

E, bem mais próximo de nós tributarmos a mais profunda gratidão aos fundadores e fundadoras dessa academia, notadamente ao seu presidente pioneiro e desbravador de horizontes, João Geneilson e ainda a todas as pessoas e instituições e ao poder público municipal que elegeu a cultura como uma das principais estratégias de desenvolvimento de nosso município.

Cientes da magnitude dos obstáculos à implantação de um projeto de desenvolvimento sustentável, cuja base é a consciência cultural, nos inquietamos porque como sabemos, os valorizadores da cultura numa perspectiva humanística, andam, via de regra, na contramão da lógica capitalista.

Assim sendo, nos sentimos impulsionados(as) a fazermos uma militância cultural: de incentivo e divulgação da produção literária, das artes e das ciências em nossa região.

Entendemos ser essa condição “sine qua non” para que possamos estabelecer relações de diálogo com outras culturas sem nos submetermos a padrões impositivos eivados de preconceitos.

E assim estaremos construindo e defendendo a nossa identidade, porque conscientes das nossas potencialidades e limitações bio-geofísicas, ambientais e culturais. Mas para isso, em muitos casos, é preciso desconstruir, assumir atitude de estranhamento sobre muitos cânones que se impõem como verdades absolutas para que possamos ver o mundo com novos olhos.

Esse é o espírito que nos move na ATL e no CEDT.

Tenho dito.
Obrigado a todos e a todas.

Tauá-CE, 20 de outubro de 2006


Maria Ivanete de Sousa
Ocupante da cadeira de n.º 34.

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