PACIÊNCIA (Cândido Meireles, Tauá. In: "Sonetos Cearenses", 1938)
Irmã dos pobres, terna e doce amiga
Dos tristes, dos vencidos, dos descrentes;
Dos que um destino avesso desabriga
E andam na vida assim como desmentes.
Que a tua afável luz sempre me siga,
E as minhas dores mudas adormentes,
E eu sempre te abençoe e te bendiga,
Irmãzinha dos velhos e dos doentes.
Toda a razão do amor tu concretizas:
Quando o conforto espalhas entre os seres,
E as agonias fundas amortizas.
Tu, que de consolar nunca te cansas,
Bendita sejas sempre, só por seres
Semeadora eterna de esperanças.
Anamélia Mota
quarta-feira, 30 de maio de 2007
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