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sexta-feira, 15 de junho de 2007

SONETO MÁRIO DA SILVEIRA

MEU VERSO (Mário da Silveira, 1916 In: Coroas de Rosas e Espinhos, 1922)

Meu verso é fruto de ouro e sangue ideal que tem
Como um jambo sem par, todo feito de mel,
Grego filtro pagão, onde o amoe e onde o bem
Transfiguram num beijo o mal da sorte infiel.

Tal um fino buril, tal um sonho também,
Tal o gérmen vital de um divino pincel,
Ele traceja um quadro irial da vida, sem
O dispersivo tom dos quadros a pastel.

Faça-o e bruno-o de cor. Mas quanto é duro o ideal!
Como é ruim perseguir, arrebol a arrebol,
Uma rima que foge à plástica imortal!

Meu verso é um Prometeu agrilhoado no chão,
Um reflexo de luz, um bocado de sol
Que pede a luz, que implora o sol da Perfeição.

Contribuição: Anamélia Mota

2 comentários:

gleuba disse...

mario da silveira é o percursor de modernismo no ceará. apesar de modernista foi um poeta romantico, mas esquecido na literatura cearense. gostaria de ver mais sonetos seus, ou sua biografia.

Unknown disse...

Tb gostaria, sou parente dele, e meu tio avô